“Não sou a subalterna que o senhorio crê que construiu ” feminismo negro, inclusão e Educação de Jovens e Adultos

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Rosangela Aparecida Hilário
Tiago Dionisio
João Gomes Junior
Eduarda Francelino Vieira

Resumo

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é bastante acessada pela juventude pobre, preta e periférica. Neste sentido, acredita-se que as teorias feministas, em especial a epistemologia negra[1], têm importantes contribuições ao debate de inclusão por conta da sua história contra hegemônica. Assim, objetiva-se desenvolver um diálogo teórico a partir do feminismo negro para compreendermos a EJA enquanto uma modalidade da educação básica, ou seja, um espaço público de direito, porém negado à população negra, portanto é fundamental mudanças nas práticas pedagógicas e nas políticas públicas a partir da ótica de um feminismo interseccional que reconhece as vivências desses sujeitos.


 


[1] Justifica-se, de início, a razão pela qual ora se nomeia preta e ora negra: seguimos a proposta emancipadora de Lélia Gonzales e o pretoguês: negra é como me chama o colonizador. Preta me chamavam meus ancestrais. Mas, em se tratando de políticas públicas se conceitua ainda como negro, negra.

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Biografia do Autor

Tiago Dionisio, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ

Doutorando em Geografia pela UERJ.

Mestre em Educação pela UFRRJ. Graduação e Bacharelado em Geografia pela UFF. Professor da Secretairia Estadual de Educação do Rio de Janeiro.  Entre 2015 e 2018 atuou como formador da área de Ciências HUmanas na UNIVERSEEDUC/RJ. Entre 2019 e 2020, foi coordenador pedagógico do CE Dom Pedro I. Atualmente atua na Superintendencia de Projetos Estrategicos (SUPPES/SUBPAE/SEDUC). Atua nos seguintes temas: Geografia Escolar, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Relações Raciais e Gênero e Sexualidades.

João Gomes Junior, IFCS - UFRJ/ PUC-Rio

Doutorando em História Social da Cultura (PPGHIS) e Mestrando em Sociologia (PPGSA/IFCS-UFRJ). Poeta, editou a Revista "Avenida Sul" e teve diversos poemas publicados em sites, blogs, revistas e antologias do Brasil, na Grécia e Portugal. Publicou o livro Primeiras Viagens em 2014, a plaquete "Fui a Lisboa esquecer um amor" em 2016, " O que ri por último", O tédio dos dias variados, Agora e na hora de nossa morte em 2022. Pesquisa principalmente Identidade, Relações étnicos raciais  e MOvimentos sociais.

Eduarda Francelino Vieira, UNIR

Graduada em Pedagogia. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Ativista Audre Lorde. Pibiqueana com a Pesquisa: " O apagamento das identidades das professoras pretas na UNIR" - 2021/2022. Pesquisa principalmente os temas: infâncias pretas. feminismo negro e movimentos sociais