A direção do tratamento em clínicas conveniadas (im)possibilidades para psicanálise?
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Resumo
Resumo
Este trabalho propõe testemunhar o que é fronteiriço na psicanálise aplicada à terapêutica, considerando-se os desdobramentos do sofrimento psíquico na prática clínica conveniada a planos de saúde. A modalidade de atendimento via convênios, convoca a psicanálise a responder de um lugar que é legitimado pelo discurso mestre da psiquiatria e os imperativos do gozo capitalista, produzindo, assim, reflexões contemporâneas sobre o manejo clínico e o desejo do analista em face às urgências da sociedade. Para isso, debruça-se sobre os questionamentos que norteiam a ética psicanalítica quanto aos fundamentos da temporalidade, transferência, angústia e o pagamento, bem como os desafios em sustentar o saber-fazer clínico na contramão das frenéticas promessas de cura, as quais são determinadas pela lógica institucional da prestação de serviços e operadoras de saúde.
Palavras-chave: psicanálise aplicada; planos de saúde; convênios; discurso do mestre; desejo do analista.
Abstract
This work proposes to witness what is borderline in psychoanalysis applied to therapy, considering the unfolding of psychic suffering in clinical practice associated with health plans. The modality of care via health insurance convokes psychoanalysis to respond from a place that is legitimized by the master’s discourse of psychiatry and the imperatives of capitalist jouissance, thus producing contemporary reflections on clinical management and the analyst's desire in the face of the urgencies of society. For this, it focuses on the questions that guide psychoanalytic ethics regarding the fundamentals of temporality, transference, anguish, and payment, as well as the challenges in sustaining clinical know-how against the frenetic promises of cure, which are determined by the institutional logic of providing services and health insurance companies.
Keywords: applied psychoanalysis; health insurance; agreetments; master's discourse; analyst's desire.
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